Perdão
Estou indo...
Escuro...
Porque tão escuro? Abandonaram-me... Eles se dignaram a se auto intitular meus amigos, até irmãos. Eles não me entendiam e nem sabiam o que eu estava sentido por dentro. Somente julgavam. Palavras... vazias palavras... apenas palavras.
Um sorriso melancólico se abriu em meu rosto, mas logo se desmanchou se tornando uma linha reta. Eu sinceramente não tinha a mínima força de vontade e nem fazia mais questão de manter algo parecido em meu rosto. A depressão já havia se alastrado pelo meu corpo e eu já não me importava mais. ELA havia ido para um lugar que eu não poderia ir ou achar... ELA me abandonou, mais eu a perdoaria, não conseguiria ficar bravo, mais será que ELA me perdoaria? Por favor, que a resposta seja sim!
O celular em cima da mesa começou a tocar me tirando de meus pensamentos, causando uma leve irritação e me fazendo o encarar. Sinto minha visão desfocar por uns segundos e quando retornou ao normal o telefone já silenciara. Um sorriso fraco nasceu em meu rosto e para ficar, pois veio o pensamento de que aquilo logo acabaria de vez. A dor, os sentimento, porém, nunca o amor.
E como se entendêssemos momento e a desenvoltura, o tempo pareceu desacelerar praticamente se arrastar, porem o ignorei. Minha atenção estava voltada para ELE, meu amor ou Lay, como eu o apelidara. Aquele momento era DELE... E eu apenas o observava. Eu tentei convence-lo de varias formas e através de varias pessoas, tentei faze-lo ouvir a voz da razão ou apenas a minha...
-Você está aqui, não está? - diz e logo solta um suspiro alto. Isso me atinge. Vê- lo morrer... - Daqui a pouco, estarei em seus braços... não é meu anjo? - fechei os olhos e o respondi mentalmente que sim. E mesmo com lagrimas por meu amado, ainda sorri, afinal, a solidão iria embora...
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